Geração pseudo-Chandon

15 ago

Por Fabíola Abess

Rodinha típica feita por integrantes dos ´´Chandons´´.Por amizade hereditária acabamos por frequentar festas ou fazer favores que nossos pais pedem encarecidamente em nome da amizade que mantém por algumas décadas como bons vizinhos. E foi assim que cresci na Cidade Nova, acredito que a ´´geração pseudo-chandon´´ exista no mundo todo, mas a coisa vira e mexe, continua em qualquer lugar. Até aqui no Amazonas, para você que nunca pisou aqui e acredita ser impossível devido o ´´primitivismo de cá´´.

Mais uma vez em nome dessa amizade bairrista e solidária que não existe nos condomínios fechados e persiste nos veementemente chamados ´´conjuntos´´ que nada mais são bairros.

Sobrou para quem escreveu esse texto.

adolescentes manifestando os primeiros efeitos da vodka.

A amizade é da minha mãe com as vizinhas, o laço de solidariedade é admirável até certo ponto, além do mais são 25 anos de bairro. E o limite é o da hereditariedade ´´- Filho, ajudei na festa de aniversário da filha da fulana. Ela faz questão que você vá´´. O grande problema é que o importante ´´é que você vá´´, independente do grau de afinidade com as pessoas que estarão lá. Então, o favor é encarado como uma experiência antropológica, nada mais. Escrever sobre a ´´geração pseudo-chandon´´ no Baricéa parece uma afronta aos que admiram a importância de debater determinadas pautas, como política, política e política (principalmente nesse meio período eleitoreiro…). Manaus, você é COSMOPOLITA e até agora não expliquei que diabos é ´´geração pseudo-chandon´´. (Os colegas tuiteiros já sacaram). Pois bem, ´´geração pseudo-chandon´´ normalmente é aquela turma da qual muita gente como eu e provavelmente você, meu fiel ou esporádico leitor já foi excluído e não fez a menor questão de fazer parte. Alguns freqüentam escolas particulares e vivem de aparência, vão às festinhas top da cidade e parecem ser gente boa, mas agem exatamente (ou não) como aqueles que os mesmos julgam ´´frequentadores de bregas com telhado de zinco e chão batido´´. Os meninos são tão ´´galerosos´´* quanto os próprios galerosos e as meninas são até mais ´´periguetes´´* que as originais. Pior que ter dinheiro é fingir ter. Dever ´´Deus e o mundo´´ e morar alugado não deveria acontecer com quem tem dinheiro… (teoricamente…). A intenção não é ser preconceituoso, apenas dividir essa impressão com algumas outras pessoas, porque não existe opinião inédita nesse mundo.

Depois de duas ou três latinhas, mais um pouco de vodka já não sabem nem mais o próprio nome, geralmente eles acabaram de entrar para maioridade, o perigo é maior com as meninas que depois de beber até perder o equilíbrio e a vergonha acabam vendo o resultado depois de nove meses. As roupas são da moda, as saias cobrem o abdômen e descobrem as pernas, o mesmo acontece com os shorts. Essas meninas foram fabricadas em série. Compraram as roupas nas mesmas lojas ou encomendaram uma cópia da costureira (é mais barato).

Tenho uma amizade dessa geração tão imediatista, para eles não importa mais nada, apenas curtir a vida, eles vivem na série Gossip Girl, 90210 e The O.C, mas sem o dinheiro, é claro. O bom-humor é idêntico em todos, piadas superficiais, repetitivas e nada inteligentes. Escutam Luan Santana e tudo o que for ´´da modinha´´.

Acabei de voltar de uma festa dessas, que fui ´´por consideração´´ mais pela mãe da aniversariante que a própria que ´´em cima do muro´´ não sabe a que grupo pertencer. Foram cinco horas de tortura ou deleite, eu expectadora não pude deixar de ver as presepadas dos adolescentes da ´´geração pseudo-chandon´´ que no lugar de beber uma garrafa de Chandon, que normalmente custa em torno de R$ 100, substituem a bebida pelo ´´Gummy´´*, muito mais barato. Aqui vai a receita: meia garrafa de vodka para meio litro de Mid sabor morango ou limão, misture tudo e experimente. Lembrando que só fica bêbado com gummy quem não tem costume.
Nos EUA, são os grupinhos de populares, aqui no Brasil, a ´´geração pseudo-Chandon´´.

Já no meio da festa a garota que vestia um short coladíssimo branco e ´´pegou´´ os cinco amigos da turma foi levada para casa quase inconsciente e nem cantou os ´´Parabéns´´ para a amiga.

Eles não sabem se divertir.

*Gummy – bebida dos ursinhos gummy, que dava agilidade e energia. Desenho animado da década de 90.
*galeroso – arruaceiro, que anda em grupinho procurando briga.
*periguete – todo mundo conhece o verbete.

O preço do ´Preço de uma verdade´

12 maio

O preço de uma verdade (Original Shattered Glass, 2003). Estados Unidos, Billy Ray. Filme.

Por Fabíola Abess

Rubens Edwald Filho não estava completamente errado quando afirmou que o filme O preço de uma verdade era para um público de poucos. Ao longo da resenha crítica, virá a explicação. O filme pode ser classificado como o gênero não oficial ´´filme de jornalista´´ citado pela Professora Stela Senra, no livro O último Jornalista – imagens de cinema, livro lançado em 1997 que não incluiu O preço de uma verdade, mas faz uma análise de oito filmes que tem o jornalista retratado pela cinematografia a partir de uma captura da realidade.

Shattered Glass é vidro quebrado em português, no título original do filme, uma simples definição do que pode acontecer com quem fere os princípios éticos de uma profissão. O mundo dos jornalistas é tão importante quanto os outros mundos de profissões que lidam com produtos palpáveis, como a medicina e o direito. Ambas lidam com o ser humano e o jornalismo não é diferente. A notícia pode causar uma das piores mortes, que é a social, como já foi discutido em sala de aula ao longo dos quatro anos da graduação em jornalismo. O caso da Escola Base virou livro-reportagem escrito pelo jornalista Alex Ribeiro, resultado da má apuração de um caso de suposta pedofilia cometida por funcionários de uma escola infantil. Os envolvidos no caso não conseguiram se recuperar socialmente do escândalo, não conseguem emprego e sofrem de depressão até hoje.

O personagem principal de O preço de uma verdade, Stephen Glass, também é narrador, jornalista em início de carreira entre 1997 e 1998 forja 27 matérias de 47 publicadas pela revista The New Republic, teve uma ascensão tão rápida quanto o declínio. O filme não foi tão bem aclamado pela crítica e é conhecido pelo circuito dos filmes acadêmicos. O drama acontece durante uma aula, na qual o personagem principal imagina e narra todos os acontecimentos da trama

O preço de uma verdade é privilégio de poucas locadoras em Manaus, lançado em 2003, foi produzido pelo ator Tom Cruise e dirigido por Billy Ray. Stephen Glass, interpretado por Hayden Christensen tem pouco a ver com o original, que de galã não tem nada. Glass é a personificação do profissional que faz tudo para subir na carreira o mais rápido possível sem se importar com as conseqüências. Inventando fontes, criando situações e personagens, conseguiu burlar o rigoroso sistema das empresas jornalísticas norte americanas. O Stephen do filme era o sujeito ´´engraçadinho´´ da empresa, que no momento de crise teve o apoio dos colegas, que diziam que as mentiras de Glass eram apenas um deslize. A máscara cai no momento em que o concorrente Adam Penenberg da revista especializada em tecnologia, Forbes digital, sendo pressionado pelo editor por ter deixado de cobrir um fato incomum, que resultou em mais uma das sensacionais reportagens do jornalista Stephen Glass, o caso do hacker de 12 anos que foi contratado pela mesma grande empresa de informática a qual invadiu o site.

O preço de uma verdade deveria ser exibido em todas as classes do curso de jornalismo e servir de reflexão para os novos profissionais que entram no mercado, até mesmo porque o cenário do Jornalismo Baré tem os seus Stephens espalhados pelas redações.

Independente das falhas de direção de arte, escolha do ator para interpretar o personagem principal e supervalorização de alguns acontecimentos como os ataques de histeria no filme, é uma boa sugestão para refletir mais sobre o jornalismo que tem sido feito nesses anos dois mil. Nesse mundo de jornalistas ´´sentados´´ e ´´em pé´´, onde o deslumbre e as facilidades podem corromper os desavisados, na definição de Clovis Rossi em O que é Jornalismo, da coleção Primeiros Passos. A ascensão pode ser rápida para os espertos, mais a queda é irreversível para alguns. O personagem principal na vida real morreu como jornalista, mas deixou um legado de 47 histórias de ficção, publicou o livro ´´The Fabulist´´. Ironicamente, hoje, Stephen Glass é advogado ■

Turismo não é brincadeira

14 mar

Por Fabíola Abess

Digite 1 para assinatura; digite 2 para contratar o serviço de entrega por 1% de juros ao mês. Digite 9 para…digite 3 para…digite 8 para…digite … digite, digite…
Para…para…. Agradecemos a sua ligação, seu tempo foi excedido, para uma nova ligação ligue novamente, por favor…
Tá bom, já me convenci que as coisas mudaram. Call Center é importante. Essas últimas semanas foram bem agitadas, nem parece que em menos de um mês eu estava participando de 1.489,86 dinâmicas de grupo, que só tinha escutado falar nos telejornais da Globo. Ser finalista de uma graduação e nunca ter tido uma experiência profissional, além dos trabalhos acadêmicos e voluntários não é bom para ninguém que realmente quer seguir aquilo tudo que estudou. Deixei o cv, ligaram, e disseram que a vaga era para ser operacional, a mesma área operacional da qual uma amiga minha durante o ensino médio disse que queria seguir e eu indignada torci o nariz… As pessoas precisam de informação para viver, como eu sei disso…mas o telemarketing nunca me passou pela cabeça, malmente quando eu preciso dele: quando o telefone celular não coopera.
Quando me vi na terceira fase da seleção e o especialista em call Center Paulista falando nas inovações da área por horas, mostrando aqueles slides com projeções, me senti numa seletiva d´ O Aprendiz. Enfim, quase tudo para largar aquela vida sem final de semana e sem novidade/aprendizado/etc…Tentei lembrar das aulas de Economia da Leonor (sem comentários) e mandei a mente processar a relação daqueles gráficos com a realidade das empresas de Call Center…não pensei em mais nada, só em me manifestar.
Na outra semana me ligaram e pediram para fazer a última parte da seleção (ufa!), cheguei lá e tinha mais quatro candidatos, pediram para escrever um release em 30 minutos, consegui! Na porta, apareceu o Assessor, ´´uma luz?´´. A vaga era para a Assessoria. Não acreditei.

Hoje, faz duas semanas que comecei a trabalhar lá.

E o quê que o Agostinho Carrara tem a ver com isso?

Eu continuei ´´apertando´´ as opções do menu.

O texto do link foi um dos meus primeiros na assessoria e teve uma boa repercussão, por coincidência e sobre um guia que está sendo produzido para a cidade de Manaus. Também sou Turismóloga por formação.

A Alana Santos também conseguiu trabalho na área, Jornalistas Uni-vos!

RETRô-PERSPECTIVA 2010

12 fev

Por Fabíola Abess


Partindo da ideia de que o que passou, passou; e o que importa é o que vem pela frente, o Baricéa Desvairada fugiu dos padrões do Jornalismo e fez uma retrospectiva para o ano que mal começou.

Um ano importante para esta terra escaldante, já veremos o porquê…

Não queremos ser futurólogos, mas os habitantes desta terra desvairada estão acostumados com algumas situações.

Qualquer semelhança é mera coincidência, nada é original, você já deve ter visto algo parecido.

JANEIRO

Pra variar

O ano virou com o show da Rita Lee na Ponta Negra e uma tenda eletrônica na praia. Por incrível que pareça as massas gostaram e lotaram a Ponta Negra…na Zona Leste teve show do Teixeira de Manaus.

Janeiro começou e as marolinhas continuaram e invadiram o ciberespaço: a polêmica taxa do lixo que os vereadores aprovaram na câmara. Graças à internet e ao twitter – que deixou de servir pra dizer “o que você está fazendo” e virou mídia social – o povo pôde expressar publicamente a insatisfação. Os políticos para não ficarem “por baixo” criaram perfis na rede; e os fakes fazem o papel de expressar tudo o que o povo acredita que eles pensem.

Siga e se divirta: @Pref_BigBlack, @QueReiSouEu, @dom_eduardo @paidudu…

A taxa do lixo deu o que falar. E o Prefeito, seguindo um modelo de governo que prega a mudança,  instituiu a taxa do lixo, que cobra pelos serviços de recolhimento do lixo doméstico e pela limpeza pública. Mesmo sendo abusiva, os vereadores aprovaram a taxa, e o povo nem todos ficou revoltado. Alguns cidadãos twitteiros decidiram fazer uma cota para um outdoor com as fotos dos vereadores que votaram a favor da taxa, mas a ação foi boicotada por “forças ocultas”. Teve gente que se doeu: a CBN Manaus, não se sabe por que sei?!, começou a atacar publicamente a Dra Bia Abinader. Ela e mais 150 pessoas idealizaram  o outdoor.

Alguns dias depois o jornal Dez Minutos publicou as fotos dos vereadores que votaram na taxa.

– vamos panfletar? http://www.manausdeolho.org

Daqui a pouco já  é fevereiro, mas o ano promete: eleições presidenciais, eleições estaduais, Copa do mundo, Olimpíadas. E muitas inaugurações nesta terra: a ponte do Rio Negro (Manaus – Cacau Pirêra) – será que o cantor Nunes Filho vai fazer o show de inauguração? (http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=9698238). Afinal, foi ele compôs a música “Caminhando pela Ponte do Rio Negro”  E o fantástico metrô dês superfície vai dar muito o que falar até a Copa de 2014: a proposta do Governo é que você, que mora no município da Cidade Nova, possa viajar até o Centro sem precisar pagar por um transporte caro e superlotado será (?!): (http://www.youtube.com/watch?v=S4bPMvRaiVA)

O ano promete muitas inaugurações. Por “coincidência” 2010 é ano de eleição para o Governo do Estado, Presidência da República e Senado ninguém sabe disso.

Inaugurações:

É bom ficar de olho nessas obras:

Ministério dos transportes

Quinze terminais portuários no interior

Recuperação de um trecho da BR 319: (Humaitá e Porto Velho)

Estado

Ponte sobre o Rio Negro

Avenida das torres

Estação de Tratamento do Porto das Lajes

Quinze escolas de tempo integral

Reforma e ampliação do Hospital e Pronto-socorro 28 de Agosto – parcialmente inaugurado!

Município

Viaduto do Coroado – é o Complexo Viário Governador Gilberto Mestrinho (nem fez um ano de morto) inaugurado! Cuidado pra não ser atropelado!


Terminal Pesqueiro de Manaus

Reformas em quatro serviços de Pronto-Atendimento (SPAs)

Reforma em 4 Policlínicas


FEVEREIRO

Carnaval 2010


As Escolas de Samba do grupo especial fazem o mesmo desfile com muito celofane e TNT; e a campeã do ano, para não perder a tradição será…

…a mesma dos anos anteriores. Ou não (?).

A tradicional Banda da Bica homenageou os “irmãos metralha” no dia 06/02 – o trio de irmãos e políticos mafiosos que “brilhou” no ano passado: Carlos Souza, Wallace Souza e Fausto Souza.   O tema é: “Irmãos metralha: do Parlamento ao Puraquequara”. Estaremos lá…

Aprenda a letra da marchinha: http://www.youtube.com/watch?v=sW8FgyPoih4

O carnaval em Manaus começa no mês de Janeiro com o  “esquenta” e vai até o mês de Março/Abril/ Maio/Junho/Julho/Agosto/Setembro/Outubro/Novembro/Dezembro – com as bandas “tradicionais” das empresas de evento.

E quem passou no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai ter mais um motivo pra comemorar…será que a Ufam vai adotar esse processo de seleção?

MARÇO


O ano letivo começa na Ufam…

Quem escreve daqui deste lado está prestes a pegar o canudo e ser chamado de “Jornalista”. Daqui a seis meses ou doze…com direito a MTB e sem regulamentação: veremos. O jeito é ser retirante na Paulicéa.

E o atraso na contratação dos professores ainda é um problema. A Universidade quer fazer concurso público, mas os Departamentos querem manter os substitutos e realizar os concursos. Pela lei isso não é possível, é por isso que há poucas vagas nos editais de concurso. Você quer ser Professor da Universidade Federal do Amazonas?

Já tem edital: http://portal.ufam.edu.br/index.php/todas-as-noticias/71-concursos-para-carreira-em-magisterio-superior

Se você é um dos 900 felizardos que passaram no vestibular da UFAM e que são  Amazonenses ´´Boa  sorte´´ .  ´´Sejam Bem vindos´´ e ´´conheça o Amazonas´´ é a dica para os outros 1.000 aunos aprovados no ENEM que vieram de outros Estados.

ABRIL

Segundo o Pai Dudu de Ogum (@Pai_Dudu), o fake, há 50% de chances do candidato Alfredo Nascimento ganhar a eleição e 50% de chances do candidato Serafim Corrêa também ganhar a eleição.

Já tirou o seu título eleitoral?

Trate de correr atrás e evite as filas quilométricas. As eleições são em Outubro! E pra quem ainda não sabe: elas são obrigatórias!

Você que prestou o concurso do TRE – Tribunal Regional Eleitoral – já imagina o trabalho que vai ter durante esse ano, mas o salário de quase 4 mil justifica… (?!)

MAIO


O mês de Maio sempre passa rápido, por isso ele já vai estar no final.

JUNHO

disponível em deunolargo.blogspot.com

Cultura

Parintins e a incerteza do Garantido: o Rei Davi deixou o boi do coração… O Garantido está cheio de dívidas e quase falido.  Ainda não tem levantador oficial. Há especulações de que a Márcia Siqueira, Ximbinha e a Susan Boyle possam ser os cantores oficiais do Boi Vermelho. Segundo o Pai Dudu de Ogum há 50% de chances que o Garantido ou o Caprichoso sejam campeões. Se tivesse um terceiro boi, seria 25% para cada um. Será que o Secretário vai chorar no Bumbódromo?

JULHO


Copa do Mundo

A Copa é na África. Mas a intenção é 2014!

Ah, sim. A Copa é na África, mas os festejos e preparativos são para o ano de 2014. O Amazonas é sub-sede.

Tem bandeirinha, tem bandeirola, asfalto pintado, vizinho bêbado ouvindo brega. Também vai ter televisão no meio da rua, mas com uma diferença: TV de Plasma…

Os vizinhos irão competir pra ver quem tem o telão maior. Se você não tem,  trate de parcelar a sua em milhares de vezes. E se você é estagiário da Secretaria de Cultura, contente-se com o telão do vizinho.

A Copa vai ser a deixa dos comícios aqui na Baricéa, os candidatos tem milhares de projetos – além do metrô de superfície (é desconhecido o valor desse transporte, com certeza só vai carregar estrangeiros e custar R$ 5).

Enquanto isso os Engenheiros das obras para a Copa de 2014 ainda não sabem como emplodir o Estádio Vivaldo Lima (ainda bem), então a solução vai ser demolir a Quadra Amadeu Teixeira para construir um Estádio megalomaníaco. Como tudo muda nessa cidade, o ex-Vivaldão vai dar lugar à “Arena Amazônia”. Até então o resultado do sorteio das partidas que ocorrerão na cidade é: Costa do Marfim x República Dominicana e Belarus x Portugal.

Os cursos de Turismo estão abarrotados nas faculdades de Manaus. Segundo o pai Dudu de Ogum, a proporção é de um guia para cada turista. Os Turismólogos “de verdade” virão todos do sul, porque os do Norte continuam em cargos operacionais: cumin de restaurante, mensageiro, arrumadeira, copeira, agente de aeroporto, emissor de passagem aérea, recepcionista de hotel e atendente do balcão do check-in da TAM . A profissão também não é regulamentada.

E o campeão do mundial 2010 é:

Brésil o France?

Olha lá, senão o Ministério da Defesa não vai comprar os caças do Sarkozy…

AGOSTO

O mês do Desgosto

Mais algum escândalo político que vai render até o final do ano.

SETEMBRO

conheça o Acre

A cúpula da ONU decidiu enviar a população do HAITI para povoar o Acre.

OUTUBRO

and the Government of Amazon goes to...

Eleições

Os dados já foram lançados, então tudo pode acontecer. Com Amazonino Mendes na Prefeitura de Manaus, o eleitor vai precisar pensar duas vezes antes de votar. Se ele se candidatar (ele nega que vai abandonar a Prefeitura) vai ser Amazonino, Serafim Correa, Omar Aziz, Alfredo Nascimento e …

NOVEMBRO


Com a confusão que o Sistema de Seleção Unificado que o Ministério da Educação implantou para o vestibular do ano passado, vai ter muito aluno trocando de curso nas Universidades Públicas. 90% dos alunos de comunicação optarão pelo curso de Direito. E a  Samara Aziz?  (link) Não adianta ela pintar o cabelo de loiro, trocar de perfil no Orkut e cursar Direito na Nilton Lins, ela terá um lugarzinho especial nos nossos corações – Ela vai voltar para o curso de Jornalismo da Ufam. (rá, to brincando).

DEZEMBRO

Mais fogos na Ponta Negra, revitalizada ou não, o povo vai estar lá. Lotando o espaço. O show da virada vai ficar por conta do cantor Marcos Paulo, ex-ídolo e quase vencedor do programa. Com a mente do ser humano condicionada, vai ser mais um final de ano.

E para os alunos finalistas do curso de Jornalismo da Ufam um recado: lembre que você não decide o seu perfil, mas os que vão empregar você. Trate de se adequar! (Ou não)

Budismo: não esperar é não sofrer

19 jan

Por Alana Santos



Religião? Filosofia? Doutrina? Você decide. Assim é o Budismo, que tem adeptos cristãos, ateus, muçulmanos, e por aí vai. Os princípios budistas não se referem a uma ligação com um ser superior, mas a você e ao mundo que o cerca, ao agora.

As práticas budistas são baseadas nos ensinamentos de Siddhartha Gautama, “O Buda”, que falou sobre as Quatro Nobres Verdades: apegar-se é sofrer, o desejo é o sofrimento, abandonar o desejo é parar de sofrer e o Nobre Caminho Óctuplo (entendimento correto, pensamento correto, palavra correta, atividade correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção correta e concentração correta).  Para o Budismo tudo o que uma pessoa vive é uma construção mental própria do ser humano, formada por um conjunto de valores criados pelo “todo” social. É isso que forma a “matrix”, e é essa a causa do sofrimento (samsara), que tem o apego como pilar (desde coisas materiais até temporais, como viver só no passado ou só no futuro). O objetivo do budismo é a libertação do samsara e o alcance da realidade verdadeira, da paz absoluta (o Nirvana). Assim, fazer o bem e cultivar a própria mente são os meios de praticar a ética budista.

E Ioná Pinheiro, 34, faz isso muito bem. Praticante desde 1998, ela começou a participar de um grupo budista através de um amigo e, juntos, decidiram ter uma sala própria em 2000. Foi quando surgiu em Manaus o centro de budismo tibetano vajrayana, filiado ao templo budista em Três Coroas – RS. O centro é ligado à fundação Chagdud Gonpa Trom Gue Phel Ling, no Tibete, e foi fundada pelo mestre de meditação S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche (1930 – 2002).

Mestre de meditação S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche (1930 – 2002)

Ioná já foi católica praticante. Participava de grupos de jovens, trabalhava na pastoral do menor e sempre teve uma forte conotação espiritual. Ela decidiu trocar totalmente o catolicismo pelo budismo, quando descobriu que não precisava se julgar culpada por tudo, e se arrepender por isso, mas que era responsável pelos outros e pelo o mundo. Assim, descobriu que era capaz de mudar: “Se você não tem uma atitude muito boa, se você mente, é agressivo, isso é um pecado e é um peso. No budismo não existe o conceito de pecado. Se você tem algo que não é virtuoso, você pode purificar, pacificar. Essa foi a grande diferença pra mim. Conseguir mudar, não ter um caminho trilhado, vindo de antepassados, de Adão e Eva”. Inicialmente, a mãe de Ioná teve receio quanto à opção da filha, mas depois percebeu que algo havia mudado. “Hoje ela me apóia. Para outros praticantes, isso já é mais difícil”.

“Você tem que trabalhar o no hope, no fear: ter uma ação e não esperar nada dessa ação, porque se você não espera, você não sofre”

É o que acontece com Jackson Rego, 44. Ele e a família são cristãos e vão à missa. Mas quando ele está meditando, ainda dizem que é uma perda de tempo.Quando você está meditando, você está louvando a Deus. Você está buscando compreensão de que existe um ser superior”. Faz 5 anos que Jackson está no centro de budismo tibetano vajrayana, em Manaus, e pratica tanto o ensinamento cristão quanto o budista: “O budismo tem essa vertente do aqui e agora, e isso foi o que mais me chamou a atenção. Você perceber a realidade como ela é, e, a partir dessa percepção, agir no mundo. E, principalmente, a questão ética de você compreender e buscar a harmonia com o todo, com as pessoas, na sua cidade, no meio ambiente”.

Apesar de a palavra “budismo” ser conhecida, para Ioná ainda existem vários mitos em relação ao “ser budista”. Um deles é: se as pessoas acreditam em um deus, e você contraria esse conceito, elas se assustam.  “As pessoas sempre buscam um diferencial em você, quando você é budista. Elas esperam uma reação diferente. Tive um namorado que, quando eu disse que era budista, ele perguntou: por que você não me falou que era budista? Mas quando as pessoas se apresentam, elas não dizem que são católicas”. Outro diz respeito à passividade. Ser pacífico não é ser passivo.  “Você pode ser pacífico em qualquer religião que você acredita, se você praticar verdadeiramente. E dentro de qualquer ramo, seja o profissional ou familiar. E é isso que o budismo prega. Ser ético é o conceito maior”.

“Quando você vive o momento presente você vive intensamente, é o que se chama felicidade temporária”

A prática

Em Manaus é feita a prática da Tara Vermelha (simboliza o aspecto feminino de Buda), baseada no budismo tibetano Vajraiana, da linhagem Nyingma. Ela se inicia com a prática de Sete Linhas, uma curta oração da tradição Nyngma, com os ensinamentos do Budismo. Depois acontece o desenvolvimento: a autovisualização da deidade (conjunto de forças que materializam o divino) principal da prática. No final, faz-se a dedicação da prática: consideram-se outras pessoas que não puderam estar presentes, e os Lamas (mestres) são lembrados.

A prática budista trabalha com o que você usa no cotidiano: ação, mente e fala. Então, existe a parte meditacional, a dos mantras e a dos mudras. Os mantras trabalham a fala, e os mudras, os gestos.

Qualquer pessoa pode fazer a prática da Tara Vermelha, mas apenas quem já foi iniciado por um Lama pode se autovisualizar como uma deidade. Em outras práticas só se permite o iniciado.

De acordo com Ioná, a prática trabalha o momento presente, a mente. “O budismo te prepara para o momento da tua morte. O único caminho em que você encontra iluminação é você como humano. Se você não trabalha a questão emocional, as suas emoções se misturam no momento da morte. Se você morrer em um momento de raiva, de angústia, você pode ter um renascimento no reino dos infernos ,ou, em outros reinos. Por isso que se trabalha a mente, para que na morte você tenha uma mente tranqüila.”

História

Siddhartha Gautama, o Buda, foi o homem que criou o budismo, que começou na Índia, entre os séculos VI e IV a.C. Ele era um príncipe no clã dos Sákya, especialista em artes marciais que nunca tinha visto a realidade fora das paredes do castelo. Aos 29 anos abandonou todo o conforto, adotando uma vida errante. Procurou paz nas religiões da época, aprendendo várias técnicas meditativas. Chegou a praticar o ascetismo (busca a iluminação pela mortificação do corpo) por seis anos. Finalmente, depois de uma meditação, descobriu a solução para o ciclo do sofrimento das pessoas.

"Existe uma esfera onde não é terra, nem água, nem fogo, nem ar... que não é nem este mundo e nem outro, nem sol e nem lua. Eu nego que esteja vindo ou indo, que permanece e que seja morte ou nascimento. É simplesmente o fim do sofrimento. Essencialmente todos os seres vivos são Budas, dotados de sabedoria e virtude, mas como a mente humana se inverteu através do pensamento ilusório, não o conseguem perceber".


Aos 35 anos, Siddhartha tornou-se Buda e, junto com os seus primeiros discípulos, formou a primeira comunidade monástica. Então, dedicou a vida inteira aos ensinamentos budistas, sem deixar nada escrito.

Os ensinamentos de Buda começaram a ser escritos por volta do século I a.C, no Sri Lanka, e constituíram o Cânone Pali, a principal coleção de textos que baseiam o Budismo Therevada.

O budismo se dividiu em várias escolas, mas as principais são:

Mahayana

A pessoa busca a própria iluminação e ajuda os outros a também evoluírem espiritualmente.

ZenUma das principais tradições da Mahayana. Valorizam a meditação sentada e o uso de paradoxos nos seus ensinamentos.

Theravada

O praticante busca sozinho a iluminação, através da meditação e de uma conduta que esteja de acordo com a doutrina de Buda. É a tradição mais antiga ainda presente.

Vajrayana

Valoriza a visualização, recitação e meditação. É predominante no Tibete.

No Brasil, a escola Nitiren (do Japão) foi uma das que mais se destacou. O Budismo Tibetano e o Soto Zen também possuem uma grande repercussão no país.

Para saber mais

Dharmanet

Chagdud

Odsalling

Local de Prática em Manaus

Budismo Tibetano Vajrayana – Chagdud Gonpa Trom Gue Phel Ling

Rua Comércio II – Centro Comercial Ilha do Parque – Sala 6 – Parque 10.

Itacoatiara desvairada

1 jan

Por Alana Santos


Saindo de Manaus




Rua Principal de Itacoatiara




Orla de Itacoatiara – 31/12/2009




Praça da Catedral

Pedra histórica que deu origem ao nome Itacoatiara (pedra gravada, esculpida, lavrada)

1744 a 1754; cruz com três degraus; palavra “Tropa”. Essa palavra simboliza o período de colonização, pelos portugueses, do Amazonas. Na época, os jesuítas vinham catequizar os índios com a proteção dos soldados (“tropa”).


Estrada

Igrejinha na estrada




Chegando em Manaus

Itacoatiara????

**Pessoal, apreciem a cidade, porque a câmera é do século passado (a culpa nem sempre é do fotógrafo hehe)

A Pedra Histórica deu origem ao nome Itacoatiara (pedra gravada, esculpida, lavrada)

Flagra

28 dez

Enquanto isso…

na bola do Coroado…

Os cinco pilares de Allah no Amazonas

16 dez

Por Fabíola Abess

 

Em frente aos pés de benjamin da rua Ramos Ferreira no Centro de Manaus, duas torres brancas representam uma religião desconhecida pelos Manauenses, mas que aos poucos vem mostrando a sua importância:  o Islamismo.

As duas torres brancas fazem parte do Centro Islâmico do Amazonas, o primeiro templo Islâmico da região Norte que fica pronto em Janeiro do ano que vem. Além dos cultos Islâmicos, o templo vai servir como um centro de estudos da religião fundada por Maomé.

    

Felipe Abinader, descendente de Libaneses, criado no catolicismo pelos pais, tem interesse em frequentar os cultos da mesquita quando ficar pronta ‘’Meus pais me obrigavam a ir na missa, era um hábito incessante de ir aos cultos todos os Domingos, cheguei a fazer a primeira comunhão, até que fiquei intrigado com as doutrinas da igreja católica de que existe uma trindade: Pai, Filho e Espírito Santo e ao mesmo tempo um único Deus. A existência desse filho sempre me intrigou, então busquei outras fontes’’. Felipe se interessa pelo Islamismo desde os 16 anos, a religião prega o monoteísmo. ‘’Eu acredito que exista somente um Deus e que Ele é o único Senhor, mas a questão sobre a Santíssima Trindade me deixa confuso, então, tenho pesquisado em livros e em trechos do Alcorão, o livro sagrado do Islã. Na minha primeira viagem ao Líbano em 2006, busquei contatos com pessoas que seguiam a religião e frequentei mesquitas. Em 2007 retornei ao país e conheci parte da família paterna no Município de Bathun. Convivi com tios e primos, os quatro homens mulçumanos não se divertiam muito e viviam em harmonia com a parte católica da casa, que eram as minhas duas tias. Durante o mês que passei no país houve um bombardeio em Bathun que destruiu parte do sítio da família do meu pai. E dois primos meus que estavam lá foram mortos por causa de uma divergência entre os grupos extremistas Hezbolá e Yisshayk-Assaf ‘’.

Conversão

      ‘’Na minha última viagem no ano passado, conheci o tio Khalliuh Assef, que me mostrou uma outra realidade sobre a religião Islâmica, ele me levou até uma mesquita, voltei ao Brasil decidido a seguir os pilares da religião. Eu paguei um lanche para um necessitado e tentei fazer as cinco orações por dia. Só não ia à mesquita orar toda sexta-feira porque não há mesquita em Manaus, não bebo, não fumo nem como carne de porco. Tentei fazer o Ramadã, que é o jejum de água e alimento, feito uma vez ao ano por um período de trinta dias, que começa depois das seis da manhã até as seis da tarde, mas cumpri apenas quinze dias porque a minha namorada não deixou. Eu ainda não me decidi pela conversão, ainda tenho muitas dúvidas e conflitos sobre qual religião seguir e as divergências entre a família e a namorada me levaram a pensar mais’’.

Mulçumanos em Manaus

Localizado num prédio de quatro andares em construção na Marechal Deodoro, área principal do centro de Manaus, fica o escritório e uma das lojas do empresário Mamoun Yacoub. Ele estava em reunião com representantes de um banco enquanto eu esperava no caixa da loja há vinte minutos, enquanto isso uma moça de pele muito branca e cabeça coberta por uma renda contava dinheiro na minha frente. Ela se dirige a uma das araras da loja e pega uma blusa frente única e põe em cima do balcão, mostra para a moça do caixa e diz algumas palavras num idioma desconhecido.

Mamoun é Palestino e reside em Manaus há 20 anos, tem sete irmãos e três deles moram em Manaus: Ayman, Mahurmud e Mohammad, eles também são responsáveis pela construção da Mesquita branca, a obra iniciou no ano passado e foi financiada pelos árabes mulçumanos que tem negócios na cidade. ‘’Para ser mulçumano é preciso antes de tudo acreditar em Jesus e na bíblia, para a religião Islâmica, Cristo é como um mensageiro de Deus, um profeta, não o filho de Deus que veio a terra por força do Espírito Santo. Deus é único. A bíblia veio complementar a mensagem de Deus para encerrar o Alcorão 1.500 anos depois´´.

A moça com o véu na cabeça é Iman Yousef Manasrf , cunhada de Mamoun e veio a Manaus para passar um período de um mês.

 

Pré-conceitos e a mídia

‘’Há um mal entendido sobre a mulher ser maltratada, as mulheres antes do Islamismo eram vendidas no mercado junto com os escravos, o Alcorão nunca vem contra a mulher, fala que a mulher tem que ser coberta para assegurar o homem e a si mesma. Tenho 400 funcionários, vejo que muitas das mulheres têm filhos de pais diferentes e eles não querem responsabilidades. O Alcorão dá um direcionamento na vida das pessoas e não aprova esse tipo de situação. Diz que os homens têm obrigação de cuidar das mulheres. Algumas mulheres preferem não tirar o véu da cabeça quando tem oportunidade, porque já está na cultura delas’’. Apresentou a cunhada Iman Yousef Manasrf que veio a Manaus a passeio. ‘’Pergunte se elas querem tirar o véu’’, a cunhada de Yacoub infelizmente só fala o árabe. Mas entendeu quando disse que ela era bonita depois de ter sido fotografada para a entrevista. Fiquei sem saber se ela gosta do véu.

‘’E o terrorismo não tem nada a ver com a religião, a imagem do Islamismo ficou manchada com os atentados de 11 de setembro por culpa de uma minoria que distorce a interpretação do Alcorão’’.

‘’A mesquita improvisada’’

Desde o mês de Maio os mulçumanos de Manaus se reúnem nos altos da loja do Jordaniano Ahmad Khalas que fica na rua Marquês de Santa Cruz. Khalas, Ziadin e sua esposa que são da Palestina coordenam as atividades na mesquita temporária. Além das orações ao meio dia nas sextas-feiras também acontece o estudo do Alcorão aos sábados a partir das 15 horas.

Na parede uma caligrafia com letras entrelaçadas que significam a palavra Deus em árabe, tapetes pelo chão e elásticos marcam espaços para cada fileira de pessoas que a sala comporta, no canto, um computador. A sala tem capacidade para 60 pessoas que lotam o culto de sexta-feira permitido apenas para homens.

‘’Pode tirar fotos, depois da oração conversamos’’, os homens atendem ao Aethan no computador, o chamado para as orações, uma oração cantada em árabe. Os dois foram até o lavabo do lado da sala e lavam as mãos, rosto, braços e nuca. ‘’Antes de ler a palavra de Deus, homem e mulher têm que se purificar, por isso há um ritual de lavagem antes de tocar o Alcorão e fazer as orações’’.

Ficam de pé e fazem reverência, ajoelhados abaixam a testa até encontrar o chão em direção à Meca, o ritual durou quase 20 minutos. Na mesquita improvisada quem marca o horário das orações é o programa de computador Islamic finder, disponível gratuitamente para download na internet. O programa marca as horas das orações e é programado para tocar o Aethan cinco vezes ao dia. 

Pedi para fotografar o culto da sexta, ‘’Você pode sim, mas vai ter que cobrir a cabeça e os braços’’, depois de uma discussão em árabe Ziadin disse que eu não poderia. ‘’A oração da sexta-feira é muito importante, os homens podem perder a concentração com você aqui dentro, é melhor você mandar algum homem para tirar as fotos’’. Também discutem se eu posso levar emprestado o exemplar do Alcorão que Ahmad tinha me dado. ‘’Antes de tocar, você precisar se purificar, lavar as mãos e fazer a higiene, também não pode tocar se estiver no período menstrual’’.

‘’As orações podem ser feitas em qualquer lugar, mas a mesquita é o lugar próprio onde pode reunir as pessoas’’. Ziadin me contou que o Mulçumano pode fazer as orações em qualquer lugar. ‘’Pode rezar na rua, no avião, no carro, mas a mesquita é um lugar específico, é como se a oração feita na mesquita fosse mais valorosa do que as outras que não são feitas no local próprio’’. Mais de 400 pessoas entre mulçumanos e brasileiros pretendem frequentar a mesquita. A promessa é que o governo do Egito envie um Sher para dirigir o templo.

Um belo dia para passear

26 out

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1 minuto depois …

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E não se esqueça de usar sapatos confortáveis ...

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7 out

Por Alana Santos

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Jornalismo diferente: a utopia das universidades. “Vamos fazer o diferente pessoal!” é uma ótima frase para tentar ser o diferente. Agora, vamos analisar os formandos. Quantos desistiram da profissão? Quantos estão trabalhando nos jornais locais etc etc? (quem é aluno tem noção)

O diferente é bom dentro das universidades, onde a gente pode fazer o que quiser: fugir do lead, usar um estilo literário, ter uma opinião própria (se é que é possível), filmar por outro ângulo …
Mas não na TV, no Rádio, no Impresso …

O problema não é tentar ser diferente, o problema é que o público não é diferente. Odeia mudanças, odeia pensar, pesquisar … E a gente segue as tendências, as novas modinhas do tempo da vovó, os mesmos entrevistados “cults”, o mesmo blá blá blá. Porque o novo surge sem público, continua sem por uns 4 meses, depois começa a jogar algumas propagandazinhas e pronto: subiu mais 1 ponto na audiência.

povão palco

E qual é a solução:

reinvindicar o diploma? continuar debatendo em trocentos congressos de comunicação? fazer uma chacina?
escrever em blogs?
colocar uma crítica individual implícita em uma matéria e ser despedido depois?
Não. O negócio é começar a formar jornalistas no ensino fundamental.
Se fosse assim, não seria preciso criar desculpas sobre a necessidade de um diploma.

florindoaprendealer

Florinda Fillipe aprende ler e escrever aos 90 anos


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